Estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente.
Sou isso hoje...
Amanhã, já me reinventei.

domingo, 12 de junho de 2011

Alfabeto do amigo

Aceita você do jeito que você é.
Bota fé em você.
Chama ao telefone só pra dizer "oi".
Dá amor incondicional.
Ensina-lhe o que sabe de bom.
Fica contigo quando você não está legal.
Grava na memória só os bons momentos.
Humor não lhe falta para lhe fazer sorrir.
Interpreta com bondade tudo o que você diz.
Jamais o julga, esteja você certo ou errado.
Livra-o da solidão.
Manda-lhe pensamentos de ternura e gratidão.
Nunca o deixa em abandono.
Oferece ajuda quando vê sua necessidade.
Perdoa e compreende as suas falhas.
Quer vê-lo sempre feliz.
Ri com você e chora quando você chora.
Sempre se faz presente nos momentos de aflição.
Toma suas dores e evita que o maltratem.
Um sorriso seu basta para fazê-lo sorrir.
Vai com você a qualquer lugar.
Xinga se for preciso e briga por você.
Zela, enfim, pela jóia que você é.


Tomei coragem, tentei fechar mais os olhos, mas não sei se consegui. Senti aos poucos a força voltando ao corpo, lutando para ser aceito e eu lutava para aceita-lo, lutava para que cada parte do meu corpo tivesse força. Depois de uma batalha interminável veio o alivio, e simplesmente abri os olhos. Aí encontrei a dor, e pude perceber que a dor me fazia sentir vivo. Eu queria senti-la... Queria que a dor não passasse nunca. Eu respirava rapidamente, era tão fácil, simples como deveria ser. Meus olhos que se ajustavam a luz que entrava pelas frestas das janelas enxergavam cores. Eu estava feliz, a dor me proporcionava a felicidade, me fazia sentir vivo, me fazia querer estar vivo.

Uma luz no fim do tunel

Me deixo levar e quando percebo estou perdido, envolto em um clima de dor, angústia, ansiedade e medo da própria vida. Então o sol para de brilhar, e eu me deparo com os infinitos demônios que sou obrigado a conviver, mergulhado no lodo de meus sentimentos mais insano, nefastos e sombrios. É quando me encontro deprimido, sem enxergar a luz no final do túnel, sem direção alguma que me possa conduzir à luz que eu deixei apagar em algum momento no caminho... Assim como um espelho cristalino que se quebrou em algum momento, passo o resto dos dias e noites atormentado tentando juntar os caquinhos, como num quebra cabeças que nunca será terminado...
As vezes eu fujo para aquele lugar onde gosto de ficar sozinho, em silêncio, refletindo. Não é muito longe, na verdade é aqui por dentro... Não sei o que houve comigo, mas eu me desacostumei a viver entre muitas pessoas, me sinto perdido e fico com aquela sensação de que sou o estranho. Prefiro ficar em casa, no meu quarto, ouvindo minhas músicas e lendo meus livros. E me sinto bem assim, apenas em minha companhia.
Parte de mim tem medo de se aproximar das pessoas, com medo de perde-las.
Desde o inicio de nossas vidas, somos empurrados para pequenas formas, ninguém nos pergunta como gostaríamos de ser. Na escola eles nos ensinam o que pensar, mas todos dizem coisas diferentes e estão todos convencidos de que estão certos. Então eles continuam falando e nunca param, e a certa altura você desiste, e a única coisa que restou para pensar é essa: "Eu quero sair e viver minha vida sozinho! Eu quero sair - me deixe ser livre! Eu quero sair - e fazer coisas do meu jeito". As pessoas me dizem A e B, elas dizem como eu devo ver as coisas que já me são claras, então me empurram de um lado para o outro... Eles me levam de um lado extremo ao outro, me empurram até que não haja nada para ouvir. Mas não me abusem demais...Calem a boca e saiam daqui! porque eu decido de que jeito as coisas vão ser! Há um milhão de jeito de ver as coisas na vida, um milhão de jeito de ser um idiota. No final, nenhum de nós está certo, às vezes nós precisamos ficar sozinhos, não precisamos de opiniões alheias para sobreviver.